Festas de Aniversário, Meu Trauma

Nunca gostei de festa de aniversário. Desde que eu me entendo por gente que toda vez que eu fazia uma festinha, meio que obrigada, ficava super ansiosa. Primeiro porque organizar uma festa dá trabalho, gera ansiedade, stress e no final acabava tendo dificuldades em relaxar e aproveitar a festa em si. Enquanto entratenia os convidados esquecia que a festa era minha e que deveria ser eu a me entreter em primeiro lugar. Ainda hoje, quando eu continuo assim.. ser perfeccionista, minimalista (que seja) às vezes é uma droga!

A segunda coisa é que meu aniversário cai em agosto, ou seja, no auge do inverno no Brasil. E antes de começar esse papo de aquecimento global, minhas festinhas sempre coincidiam com dias de frio e chuvosos. Cortava qualquer barato de uma festa, já que cariocas e papa-goiabas fogem de frio e chuva como o diabo da cruz. Por conta disso muito gente chegava atrasada, mais atrasada que de costume diga-se de passagem. Não saber se eles realmente viriam e quanto tempo atrasariam era terrível. E por conta disso tudo fui crescendo passando a odiar festa de aniversário.

Até que eu me mudei por hemisfério norte.. e confesso que a sensação de fazer aniversário no verão é MA-RA-VI-LHO-SA, hehehe. Festejar com sol é bom demais. E assim, aos poucos, fui me animando a comemorar meu aniversário como se deve, com festinhas e encontros com os amigos. Virei estilo arroz de festa mesmo.. meses antes eu já começo a pensar no que fazer, aonde e como, sempre tentando diferenciar da comemoração passada. Enlouqueci eu sei, mas passei a me divertir com isso.

Mas este ano as coisas desandaram.. já começou por querer pensar mais nos outros do que em mim mesma. Agradar gregos e troianos é tarefa impossível, mas tentando remediar a situação cedi as tentações de fazer algo mais original e optei pelo clássico que todo mundo gosta. Mas com uma carta na manga, pensei que faria o que quisesse, como quisesse e aonde eu quisesse no dia do meu aniversário de fato, ou seja hoje. Já tinha até me programado de comemorar ao ar livre. Só faltava pensar em algo bem verão pra usar. Eis que o destino me prega uma peça das boas: não se esquecendo que eu nasci em um dia frio de inverno e de ter passado boa parte da minha vida festejando tristemente no frio, ele me trouxe um dia de inverno carioca de presente. Chuva e trovoadas.. dia nublado e provavelmente com a temperatura perto dos 18°C.. Um típico dia de agosto.

Já desisti da comemoração ao ar livre. Sinceramente, se continuar assim terei até preguiça de sair de casa. Deprê total, um verdadeiro anticlímax. Me resta agora esperar que sábado (dia da segunda comemoração) o tempo esteja melhor e quem sabe pinte um solzinho. Não é a mesma coisa, mas é sempre melhor do que nada!

Ps. Não pude evitar de escrever de forma dramática e exagerada.